terça-feira, fevereiro 12, 2008
domingo, fevereiro 10, 2008
1984
Os visionários são homens que modificam a direção tomada pela humanidade e mostram um novo caminho. Quando esses viosionários tem o poder do marketing em sua retaguarda, isso se torna bem mais fácil.
Alguns morrem - Sócrates foi um deles.
Alguns obtém sucesso e fama - Steve Jobs foi um deles, Jay Chiat foi outro.
O que resulta do trabalho conjunto de dois visionários sempre é uma disrupção - algo que muda todos os padrões vigentes.
Vamos relembrar um desses momentos em que a humanidade toma outro rumo em determinado segmento.
O comercial da Apple lançado no Superbowl em 24 de janeiro de 1984, intitulado "1984".
Discurso feito pelo imperador “Big Brother” no filme publicitário “1984”:
“My friends, each of you is a single cell in the great body of the State. And today, that great body has purged itself of parasites. We have triumphed over the unprincipled dissemination of facts. The thugs and wreckers have been cast out. And the poisonous weeds of disinformation have been consigned to the dustbin of history. Let each and every cell rejoice! For today we celebrate the first, glorious anniversary of the Information Purification Directive! We have created, for the first time in all history, a garden of pure ideology, where each worker may bloom secure from the pests of contradictory and confusing truths. Our Unification of Thought is a more powerful weapon than any fleet or army on Earth! We are one people. With one will. One resolve. One cause. Our enemies shall talk themselves to death. And we will bury them with their own confusion! We shall prevail!”.
Tradução para o português:
“Meus amigos, cada um de vocês é uma simples célula na importante organização do Estado. E hoje, esse corpo expurgou a si próprio dos parasitas. Nós triunfaremos acima da imoral disseminação dos fatos. Os inimigos e seus destroços foram atirados para fora e a venenosa erva daninha da desinformação tem sido relegada à lata de lixo da história. Deixemos que cada célula se regozije! Hoje celebramos o primeiro e glorioso aniversário da informação diretiva da purificação! Nós criamos pela primeira vez em toda a história, um jardim de pura ideologia, onde cada trabalhador deve florescer seguro das pestes de verdades confusas e contraditórias. Nossa unificação de pensamento é a mais poderosa arma que qualquer frota ou exército da terra! Nós somos uma pessoa com uma vontade, uma solução, uma causa. Nossos inimigos os irão próprios para a morte e nós os sepultaremos com suas próprias confusões! Nós triunfaremos!”
Frente a IBM, o Big Brother da época, que estava em todos os lugares com seu sistema homogenizador, o anúncio caiu como uma padra, muito pesada, nos sapatos lustrados dos executivos da Big Blue.
A Jobs e a Chiat deve-se o mérito de ter interpretado os anseios de uma época em que as pessoas queriam liberdade e queriam participar de um novo mundo de tecnologia que se abrilhantava perante seus olhos, mas que lhes era negado.
Do mesmo modo que a Internet chegou em um momento em que a massa ansiava por comunicação, interatividade e participação, que o iPod chegou em uma época em que a massa ansiava por mobilidade e entretenimento, que outros poucos produtos souberam interpretar o mundo da época - a Apple soube enxergar tais anseios e transformar isso em dinheiro e venda Macs.
Um brinde aos visionários - a eles que nos mostram o caminho.
Esse post foi escrito por Conrado Adolpho às 13:51 0 pessoas deram suas opiniões
Marcadores: apple, steve jobs
Yahoo! rejeita oferta milionária da Microsoft
Esse post foi escrito por Conrado Adolpho às 10:58 0 pessoas deram suas opiniões
sábado, fevereiro 09, 2008
Do Jazz
Esse post foi escrito por Conrado Adolpho às 17:10 0 pessoas deram suas opiniões
Marcadores: jazz, john coltrane, miles davis
E-mpreendedorismo mudando um país
Em 2007, jornais do mundo inteiro alardearam que um garoto prodígio na Índia, Suhas Gopinath, dirige uma das mais renomadas empresas de software. Diz-se “garoto prodígio” porque Suhas montou sua empresa com apenas 14 anos! Isso aconteceu na Índia – um país que até poucas décadas era uma das economias mais atrasadas do mundo, e hoje dá lições de crescimento.
Vivemos em um país cuja fama é a de ser um dos mais empreendedores do planeta, de acordo com a maior escola de empreendedorismo do mundo, a Babson College. Se somarmos isso ao fato de que somos o povo que mais navega na Internet e o mais adepto às inovações como nenhuma outra nação, podemos chegar facilmente a um “caldo” estimulante de empreendedores digitais despontando do Brasil para o mundo. Fato que prevejo estar muito próximo de acontecer. Já temos exemplos genuinamente nacionais: Buscapé, Boo-Box e Via6 são só alguns dos que povoam nossa Internet “brazuca”, que começa a mostrar sua cara.
No entanto, uma dificuldade a ser vencida para que o empreendedorismo digital desponte é o tamanho de nosso mercado consumidor. Apesar de a Internet no Brasil ainda ter um baixo índice de capilaridade, as iniciativas para combatermos a exclusão digital estão indo de “vento em popa”. Seja por esforços da iniciativa privada, seja por iniciativas do governo, em 2007 vendeu-se 23% mais computadores do que em 2006 - foram 10 milhões, sendo que 64% deles foram vendidos para pessoas que estão comprando o seu primeiro computador. Em suma, está se formando um enorme bolsão de usuários que vão começar a usar a Internet diariamente, seja ela discada ou não, e que em pouco tempo estarão comprando on-line.
De onde eles comprarão? De todos os lugares e todos os tipos de produtos e serviços que puderem ser oferecidos na rede. Desde serviços de carpintaria online (por que não?) até pura e simples informação, por exemplo, de como se alimentar melhor. Os sites que melhor souberem captar essa parcela de e-consumidores que se forma hoje serão os grandes vencedores desse novo “social capitalismo digital” de amanhã.
A Internet possibilita que qualquer um tenha sua empresa digital por um custo relativamente baixo - tanto de recursos humanos e manutenção quanto de logística ou marketing. Todas as funções básicas de uma empresa podem ser resolvidas com soluções muito simples e bem acessíveis. Basta conhecer as possibilidades que a rede oferece.
A mão-de-obra pode vir de qualquer lugar do país - o “teletrabalho” não é mais uma previsão, é uma realidade. A manutenção pode significar meros R$90,00 mensais para manter um site de comércio eletrônico. A logística fica por conta dos Correios com seu serviço de e-sedex. O marketing? Links patrocinados no Google em que o anunciante só paga valores a partir de R$0,02 quando há um clique em seu anúncio.
Difícil não é. Caro, também não. O que falta, então, ao brasileiro para ser um dos povos com maior índice de empreendedorismo digital, já que o somos nas empresas de tijolos e cimento? A resposta a essa pergunta é uma só: informação. Essa é, sem dúvida, uma das maiores barreiras a ser vencida. O povo não tem informações suficientes de como montar, de fato, uma empresa virtual. Fácil não quer dizer óbvio. O que o Sebrae faz pelos empreendedores de “bricks” deveria ser feito também pelos empreendedores dos “clicks”. A partir do momento em que esse enorme mercado consumidor digital se formar e que “e-mpreendedores” de todos os cantos do país começarem a surgir, com a mesma força com que surgem em diversos cantos do mundo, uma verdadeira mudança na arquitetura do emprego e da distribuição de renda no país se operará.
Eu acredito que a Internet será a grande responsável não só pela distribuição de informação, mas também por uma nova distribuição de renda. O fato de a distribuição de informação estar intimamente ligada à distribuição de renda faz todo o sentido do mundo; afinal, segundo Toffler, “vivemos em uma era privilegiada em que cada vez mais a riqueza é gerada pelo conhecimento, não mais pela indústria ou pela agricultura”. É a famosa "Terceira Onda". A Internet é a ferramenta do conhecimento e será ela que mudará os destinos de homens e mulheres empreendedores de todo o país rumo a uma nova sociedade igualitária. Schumpeter não estava errado, afinal, só não poderia ter imaginado em que bases isso se daria quase cem anos depois de formular suas teorias.
Esse post foi escrito por Conrado Adolpho às 11:55 0 pessoas deram suas opiniões
Marcadores: economia digital, empreendorismo, Internet
quinta-feira, fevereiro 07, 2008
Uma vela para Dario
Ocupado o café próximo pelas pessoas que vieram apreciar o incidente e, agora, comendo e bebendo, gozavam as delicias da noite. Dario ficou torto como o deixaram, no degrau da peixaria, sem o relógio de pulso.
Esse post foi escrito por Conrado Adolpho às 22:41 0 pessoas deram suas opiniões
A Colaboração Caórdica
A partir do momento em que as pessoas passam a colaborar umas com as outras na criação e recriação da informação, a produtividade aumenta em níveis nunca observados. A colaboração suscita uma escala muito maior de inovações em todas as áreas, desde a área médica até automobilística. Se duas cabeças pensam melhor do que uma, imagine algumas centenas de milhões de cabeças pensando juntas.
De acordo com o escritor Dom Tapscott, no livro “Wikinomics”, é justamente a colaboração em massa que está fazendo com que empresas de todo mundo aproveitem o potencial da web para gerar inovações continuamente e, assim, tornarem-se cada vez mais competitivas. Nada disso seria possível sem a Internet.
Essa colaboração em massa também é citada no livro “O Mundo É Plano”, de Thomas Friedman, como uma das 10 forças que achataram o mundo.
A colaboração é a base de todo o sistema econômico que conhecemos e é parte intrínseca do próprio ser humano, afinal, como dizia Aristóteles, o homem é um animal social e político.
As empresas, porém, ainda têm um certo temor daquilo que não podem controlar – e, definitivamente, a colaboração é algo que ganha vida própria bem cedo, pois é orgânica e incontrolável. Tal receio vem do fato de não entenderem que a colaboração é uma ação “caórdica” e descentralizada, e por isso mesmo, genial e inovadora.
É o que acontece em uma roda de capoeira, em uma “jam session” de jazz ou em um “brainstorm” em que não há hierarquias, mas sim, um sistema auto-organizado. Algo como relembrarmos do princípio neoliberal de que o mercado se auto-regula – é o que acontece com a Internet e é exatamente por isso que ela reflete com tanta exatidão a própria sociedade em que vivemos. É o que Dee Hock chamou de caórdico no livro “O Nascimento da Era Caórdica”.
O memorável cantor e compositor Chico Science alertava “Que eu me organizando posso desorganizar. Que eu desorganizando posso me organizar” e estava certo. Na “caordem”, a organização nasce da desorganização e vice-versa.
Erige-se um universo em que pessoas, até então comuns, tornam-se os protagonistas de uma nova era digital-renascentista, em que a criatividade, até então suprimida por se tratar de um fenômeno entrópico e irrefreável, é cada vez mais valorizada e vista como pilar fundamental da competitividade. A colaboração, assim como a criatividade, nasce do caos da mente humana.
Assim como o caos que é a própria Internet, a mente humana cria a ordem a partir dele, assim como a Internet também o faz. Para muitos, pensar em meio ao caos pode parecer impossível para as atuais convenções ainda soberanas.
Não poderia ser diferente. O sistema descentralizado da Internet (criado para ser isso mesmo) se assemelha à mente humana, ao passo que neurônios e sites conversam entre si, criam a ordem a partir do caos e mostra-se muito mais complexo do que conseguimos compreender em uma primeira observação.
A era “caórdica” mostra a colaboração como um caminho natural para o qual as empresas devem seguir e não lutar contra. O desejo da massa não pode ser contido, e a massa quer participar, colaborar e alterar conforme suas necessidades específicas.
A colaboração “caórdica” pode ser a chave para que entremos em uma nova era e para que possamos completar esse salto na história da humanidade que, por enquanto, como um gato que fita o muro ao qual está prestes a pular, estamos apenas ensaiando.
Esse post foi escrito por Conrado Adolpho às 17:40 0 pessoas deram suas opiniões
domingo, fevereiro 03, 2008
Viral da Honda
Vocês já devem ter visto, mas vale a pena postar aqui de novo...
Esse post foi escrito por Conrado Adolpho às 20:59 0 pessoas deram suas opiniões
Marcadores: honda, marketing viral, viral
Não se fala de outra coisa...
O assunto nas rodinhas de tecnologia desse carnaval não é o desfile da Magueira e nem o bloco de carnaval em Salvador, mesmo porque muitos dos que mexem com tecnologia não gostam de carnaval. O assunto é a possível compra do Yahoo! pela Microsoft.
Li um recente artigo sobre isso que colocou alguma luz sobre o assunto.
A Microsoft, apesar de todo o seu poderio, está sentindo que o gato pode ainda não ter subido no telhado, mas está olhando fixamente para ele e está pronto para pular.
Com o mundo off-line se direcionando para o on-line, muito do que a Microsoft construiu ao longo dos últimos quase 30 anos pode ir por água abaixo da mesma maneira que o mimeógrafo, as páginas amarelas ou a máquina se escrever foi (Na verdade as páginas amarelas ainda não foram, mas, se tratando de listas impressas, o gato delas já subiu no telhado, faz tempo).
A Microsoft, e particularmente o Windows, sendo vista com um ar de "só uso porque dependo" pelos consumidores perde terreno para um concorrente que atua, e muito bem, por sinal, em uma área em que o WIndows não é realmente necessário - a Internet.
O Google é o destino de 65% das buscas no mundo enquanto o mecanismo de busca da gigante, 4%.
Seus US$60 bi de faturamento não a estão deixando muito tranqüila. Bill Gates, certa vez disse, estamos sempre a 18 meses da falência. Talvez a Microsoft esteja percebendo que a contagem regressiva já começou a uns 8 ou 10 meses e precisam correr para não deixar essa bomba explodir.
Alguns analistas dizem que a compra do Yahoo! pode dar um fôlego, tanto a Microsoft quanto ao Yahoo!, porém, a soma dos dois não dá um Google em termos de domínio de mercado. 75% de toda a propaganda online vão parar nas mãos dele.
Mas a Microsoft está pensando diferente.
Ao invés de brigar pelo Google pelo primeiro lugar, ao que parece ela está querendo mais é eliminar um segundo lugar do Yahoo! Parece mentira, mas a Microsoft está se contentando com um modesto segundo lugar.
Lógico, para chegar ao primeiro é preciso passar passar pelo segundo.
Já ouvi algo muito sensato outro dia: "Tudo bem que o Googleé o destino da maioria dos usuários em termos de busca, porém, para ele chegar até lá, terá que ao menos ligar o computador, e estará sob domínio da Microsft desde as primeiras luzes de seu monitor.
Não tenho dúvidas de que será uma boa briga, resta saber o que o Google vai fazer para revidar, provavelmente entrar no mercado de softwares a-la-Office.
A briga promete não só ser emocionante, como nos bons tempos de Microsoft versus Apple e isso, todos sabem.
Não vamos nos esquecer porém, de que, no final, nós é que iremos decidir o vencedor. Como em um Big Brother high tech, o cidadão comum é que vai decidir no voto, digo, no Browser, quem ganhará essa batalha.
Situação confortável essa, não?
Esse post foi escrito por Conrado Adolpho às 15:37 0 pessoas deram suas opiniões
sábado, fevereiro 02, 2008
Das Kapital Digital
Esse post foi escrito por Conrado Adolpho às 16:13 1 pessoas deram suas opiniões
Marcadores: economia digital
sexta-feira, fevereiro 01, 2008
Palestra sobre SEO, Links Patrocinados e Adsense
Olá, amigos,
Amanhã vou dar uma palestra para a editora Digerati. A palestra estará a venda em revistas por todo o país e alguns outros países de língua portuguesa.
Aguardem! Vou revelar vários segredos do Adsense e como potencializá-lo por meio da otimização de sites e como descobrir as melhores palavras-chave a partir do Adwords.
Quem quiser descobrir as oportunidades que a Internet nos reserva a partir das ferramentas do Google, compre a palestra e tenho certeza de que não se arrependerá.
Abraços
Esse post foi escrito por Conrado Adolpho às 00:51 0 pessoas deram suas opiniões
Marcadores: adsense, adwords, Google, links patrocinados, otimização de sites, seo