E-mpreendedorismo mudando um país
De acordo com o economista americano Joseph Schumpeter, o empreendedorismo é o que, de fato, move a economia de um país. Se ele estivesse vivo para ver a nova onda de empreendedores que surge em todo o mundo, ficaria orgulhoso de ver que suas observações, bem ou mal, foram seguidas. Empreendedores, seja por necessidade ou por oportunidade, surgem em todos os lugares – no Brasil, como sabemos, surgem mais do primeiro caso do que do segundo. Em outros países onde, por sinal, há muito menos oportunidades do que para nós brasileiros, o pensamento empreendedor está em toda parte.
Em 2007, jornais do mundo inteiro alardearam que um garoto prodígio na Índia, Suhas Gopinath, dirige uma das mais renomadas empresas de software. Diz-se “garoto prodígio” porque Suhas montou sua empresa com apenas 14 anos! Isso aconteceu na Índia – um país que até poucas décadas era uma das economias mais atrasadas do mundo, e hoje dá lições de crescimento.
Vivemos em um país cuja fama é a de ser um dos mais empreendedores do planeta, de acordo com a maior escola de empreendedorismo do mundo, a Babson College. Se somarmos isso ao fato de que somos o povo que mais navega na Internet e o mais adepto às inovações como nenhuma outra nação, podemos chegar facilmente a um “caldo” estimulante de empreendedores digitais despontando do Brasil para o mundo. Fato que prevejo estar muito próximo de acontecer. Já temos exemplos genuinamente nacionais: Buscapé, Boo-Box e Via6 são só alguns dos que povoam nossa Internet “brazuca”, que começa a mostrar sua cara.
No entanto, uma dificuldade a ser vencida para que o empreendedorismo digital desponte é o tamanho de nosso mercado consumidor. Apesar de a Internet no Brasil ainda ter um baixo índice de capilaridade, as iniciativas para combatermos a exclusão digital estão indo de “vento em popa”. Seja por esforços da iniciativa privada, seja por iniciativas do governo, em 2007 vendeu-se 23% mais computadores do que em 2006 - foram 10 milhões, sendo que 64% deles foram vendidos para pessoas que estão comprando o seu primeiro computador. Em suma, está se formando um enorme bolsão de usuários que vão começar a usar a Internet diariamente, seja ela discada ou não, e que em pouco tempo estarão comprando on-line.
De onde eles comprarão? De todos os lugares e todos os tipos de produtos e serviços que puderem ser oferecidos na rede. Desde serviços de carpintaria online (por que não?) até pura e simples informação, por exemplo, de como se alimentar melhor. Os sites que melhor souberem captar essa parcela de e-consumidores que se forma hoje serão os grandes vencedores desse novo “social capitalismo digital” de amanhã.
A Internet possibilita que qualquer um tenha sua empresa digital por um custo relativamente baixo - tanto de recursos humanos e manutenção quanto de logística ou marketing. Todas as funções básicas de uma empresa podem ser resolvidas com soluções muito simples e bem acessíveis. Basta conhecer as possibilidades que a rede oferece.
A mão-de-obra pode vir de qualquer lugar do país - o “teletrabalho” não é mais uma previsão, é uma realidade. A manutenção pode significar meros R$90,00 mensais para manter um site de comércio eletrônico. A logística fica por conta dos Correios com seu serviço de e-sedex. O marketing? Links patrocinados no Google em que o anunciante só paga valores a partir de R$0,02 quando há um clique em seu anúncio.
Difícil não é. Caro, também não. O que falta, então, ao brasileiro para ser um dos povos com maior índice de empreendedorismo digital, já que o somos nas empresas de tijolos e cimento? A resposta a essa pergunta é uma só: informação. Essa é, sem dúvida, uma das maiores barreiras a ser vencida. O povo não tem informações suficientes de como montar, de fato, uma empresa virtual. Fácil não quer dizer óbvio. O que o Sebrae faz pelos empreendedores de “bricks” deveria ser feito também pelos empreendedores dos “clicks”. A partir do momento em que esse enorme mercado consumidor digital se formar e que “e-mpreendedores” de todos os cantos do país começarem a surgir, com a mesma força com que surgem em diversos cantos do mundo, uma verdadeira mudança na arquitetura do emprego e da distribuição de renda no país se operará.
Eu acredito que a Internet será a grande responsável não só pela distribuição de informação, mas também por uma nova distribuição de renda. O fato de a distribuição de informação estar intimamente ligada à distribuição de renda faz todo o sentido do mundo; afinal, segundo Toffler, “vivemos em uma era privilegiada em que cada vez mais a riqueza é gerada pelo conhecimento, não mais pela indústria ou pela agricultura”. É a famosa "Terceira Onda". A Internet é a ferramenta do conhecimento e será ela que mudará os destinos de homens e mulheres empreendedores de todo o país rumo a uma nova sociedade igualitária. Schumpeter não estava errado, afinal, só não poderia ter imaginado em que bases isso se daria quase cem anos depois de formular suas teorias.
Em 2007, jornais do mundo inteiro alardearam que um garoto prodígio na Índia, Suhas Gopinath, dirige uma das mais renomadas empresas de software. Diz-se “garoto prodígio” porque Suhas montou sua empresa com apenas 14 anos! Isso aconteceu na Índia – um país que até poucas décadas era uma das economias mais atrasadas do mundo, e hoje dá lições de crescimento.
Vivemos em um país cuja fama é a de ser um dos mais empreendedores do planeta, de acordo com a maior escola de empreendedorismo do mundo, a Babson College. Se somarmos isso ao fato de que somos o povo que mais navega na Internet e o mais adepto às inovações como nenhuma outra nação, podemos chegar facilmente a um “caldo” estimulante de empreendedores digitais despontando do Brasil para o mundo. Fato que prevejo estar muito próximo de acontecer. Já temos exemplos genuinamente nacionais: Buscapé, Boo-Box e Via6 são só alguns dos que povoam nossa Internet “brazuca”, que começa a mostrar sua cara.
No entanto, uma dificuldade a ser vencida para que o empreendedorismo digital desponte é o tamanho de nosso mercado consumidor. Apesar de a Internet no Brasil ainda ter um baixo índice de capilaridade, as iniciativas para combatermos a exclusão digital estão indo de “vento em popa”. Seja por esforços da iniciativa privada, seja por iniciativas do governo, em 2007 vendeu-se 23% mais computadores do que em 2006 - foram 10 milhões, sendo que 64% deles foram vendidos para pessoas que estão comprando o seu primeiro computador. Em suma, está se formando um enorme bolsão de usuários que vão começar a usar a Internet diariamente, seja ela discada ou não, e que em pouco tempo estarão comprando on-line.
De onde eles comprarão? De todos os lugares e todos os tipos de produtos e serviços que puderem ser oferecidos na rede. Desde serviços de carpintaria online (por que não?) até pura e simples informação, por exemplo, de como se alimentar melhor. Os sites que melhor souberem captar essa parcela de e-consumidores que se forma hoje serão os grandes vencedores desse novo “social capitalismo digital” de amanhã.
A Internet possibilita que qualquer um tenha sua empresa digital por um custo relativamente baixo - tanto de recursos humanos e manutenção quanto de logística ou marketing. Todas as funções básicas de uma empresa podem ser resolvidas com soluções muito simples e bem acessíveis. Basta conhecer as possibilidades que a rede oferece.
A mão-de-obra pode vir de qualquer lugar do país - o “teletrabalho” não é mais uma previsão, é uma realidade. A manutenção pode significar meros R$90,00 mensais para manter um site de comércio eletrônico. A logística fica por conta dos Correios com seu serviço de e-sedex. O marketing? Links patrocinados no Google em que o anunciante só paga valores a partir de R$0,02 quando há um clique em seu anúncio.
Difícil não é. Caro, também não. O que falta, então, ao brasileiro para ser um dos povos com maior índice de empreendedorismo digital, já que o somos nas empresas de tijolos e cimento? A resposta a essa pergunta é uma só: informação. Essa é, sem dúvida, uma das maiores barreiras a ser vencida. O povo não tem informações suficientes de como montar, de fato, uma empresa virtual. Fácil não quer dizer óbvio. O que o Sebrae faz pelos empreendedores de “bricks” deveria ser feito também pelos empreendedores dos “clicks”. A partir do momento em que esse enorme mercado consumidor digital se formar e que “e-mpreendedores” de todos os cantos do país começarem a surgir, com a mesma força com que surgem em diversos cantos do mundo, uma verdadeira mudança na arquitetura do emprego e da distribuição de renda no país se operará.
Eu acredito que a Internet será a grande responsável não só pela distribuição de informação, mas também por uma nova distribuição de renda. O fato de a distribuição de informação estar intimamente ligada à distribuição de renda faz todo o sentido do mundo; afinal, segundo Toffler, “vivemos em uma era privilegiada em que cada vez mais a riqueza é gerada pelo conhecimento, não mais pela indústria ou pela agricultura”. É a famosa "Terceira Onda". A Internet é a ferramenta do conhecimento e será ela que mudará os destinos de homens e mulheres empreendedores de todo o país rumo a uma nova sociedade igualitária. Schumpeter não estava errado, afinal, só não poderia ter imaginado em que bases isso se daria quase cem anos depois de formular suas teorias.
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